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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Brinquedos da minha infância


Quando eu era criança, não tínhamos muito dinheiro, e não sei porque mas havia sempre uma desvantagem enorme entre mim e minha irmã mais velha quando se tratava de ganhar presentes. Não é ciúmes não, é fato mesmo.

Ela teve (tem) uma coleção inteira da Moranguinho, eu tive UMA que a empresa em que meu pai trabalhava deu de natal... Ela teve pelo menos meia dúzia de Barbies, eu tive UMA e adivinha como eu ganhei? Idem acima. Ela ganhou vários bichos de pelúcia... Se eu tive 3 foi muito. E assim foi a minha infância inteira, e a pior parte eu me lembro era sempre escutar "no seu aniversário eu te dou" ou "eu te dou no mês que vem" e claro o presente nunca chegou.

A importância de uma promessa para uma criança de até 10 anos de idade é muito grande, e fica na memória. A explicação sempre era de que minha irmã faz aniversário na época do 13º salário, enquanto eu faço em maio e sempre tinha que me conformar com uma camiseta ou um jogo de calcinhas.

Enfim... Na época eu não ficava chateada, eu sempre fui muito "desencanada" para essas coisas, mas morria de vontade de ter bonecos Playmobil, ou aqueles que têm cabelo de massinha, e aquelas bonecas que viravam vasos de flor então!




Como eu não tinha, eu brincava com o que eu tinha: bonecas de papel que trocavam a roupa, e andar em cima de latas de leite interligadas com barbante eram as minhas preferidas! Tinha também o tabuleiro de Ludo que meu avô fez com suas mãos, inclusive as peças, eu ainda me lembro de como fiquei feliz e orgulhosa por ele fazer isso só para nós! E aqueles cabos de pirulitos que voam no ar! Aquilo era o máximo!





E assim foi... Hoje eu adoro jogar no computador, e no Playstation! E se tem criança por perto, ah lá vou eu aprontar com elas!

Não concordo em deixar crianças e adolescentes na frente do computador ou grudado no console de video game o tempo todo, porque acho que isso não é bom para eles. Eu  mesma conheço adolescentes que repetiram 2 anos de escola seguidos, porque os pais não colocam limites, um deles é meu irmão  mais novo por parte de pai. Me entristece, mas essa é a criação que ele dá para o garoto, o que eu posso fazer? Apenas fico contente de ter sido educada pela minha mãe e meu padrasto que enxergam os estudos como prioridade e sempre nos ensinaram que "este é o bem mais valioso, e que ninguém pode tirar de mim".

Mesmo tendo algumas lembranças, vamos dizer "egoístas", me diverti quando e como pude.

E quando eu tiver meus filhos, vou leva-los para a rua, ensina-los a andar em cima da lata e brincar de "O gato subiu no telhado" e a pular corda! =^^=

Este post faz parte da blogagem coletiva "Brinquedos: dos mais antigos aos mais recentes", promovida pelo blog "Vou de Coletivo". Clique aqui pra ler outros posts publicados.


 

Créditos: a imagem da boneca de papel, foi copiada do blog "Aquarela".

11 Originalidades compartilhadas por aqui:

Anna disse...

Não tinhamos recursos, mas acho que brincavamos mais, tenho saudades desta epoca, vejo a diferença do crescimento da minha filha.
Muito bom seu post.
Beijos

Rosi disse...

Querida
Eu tb não tive uma infância rica, muito pelo contrário, mas a criatividade sempre se fez presente nas brincadeiras, e isso é o mais importante.
Hoje não vemos mais crianças brincando de pega-pega, esconde-esconde, barra-manteiga, passa anel, manamula, corda, amarelinha, enfim, eram brincadeiras que adorávamos e hoje não atrai as crianças que preferem ficar dentro de casa em frente ao computador ou vídeo game.
Entendo que isso também se deve ao fato que a violência aumentou muito e deixar nossas crianças à merce dela é muito arriscado.
Infância feliz não é sinônimo de brinquedos caros, e sim de criança que vive e experimenta de tudo.
Adorei o post, muito bom!
Bjs

Ná! disse...

Raquel, obrigada pelo comentário lá no blog.

Engraçado vc disse que estava pensando em fazer um post sobre preconceito e eu quase fazia um post sobre brinquedos (no dia das crianças), as minhas irmãs diziam que os meus pais não tinham condições de dar brinquedos para elas, certa vez elas me disseram que ganharam um boneco de plastico que para elas foi o máximo, eu já pequei uma fase melhor (devido a diferença de idade entre eu e minhas irmãs), meu pai era, álias ele é até hoje muito carinhoso e sempre se esforçou muito para nos dar o melhor, eu sempre tive todos os brinquedos que desejei, mas quando eu lembro da minha infância o que me vem na lembrança são as brincadeiras de rua, como eu gostava de brincar na areia, fazer festas com bolo de lama, dos peões de madeira que meu vô me dava, e brincar de tobogã no tapete (bricadeira que fazia com meu avó). Eu tento passar esses valores para os meus filhos, não valores consumistas, mas valores pelas coisas simples.

Raquel Machado disse...

Oie,
Hum que legal voce tambem participa deste eu vou ver se me agilizo a postar algo no vou de coletivo semana que vem tambem amei este tema. Eu sou filha unica entao nao tive problema quanto a irmaos porem minha infancia tambem foi meio complicada pois tambem nao tinhamos muito dinheiro a primeira boneca minha ganhei da minha tia mas brincava com qualquer coisa mesmo ate com panelas e colheres se fosse o caso. tambem concordo que as crianças hoje estao perdendo um pouco da magia da infância. Sobre suas pergunta olha nao participei da primeira porque nao deu tempo ja tinha fechado as inscrições assim eu gosto bastante desse tipo de jogos, blogagens e tal...estou achando interessante tem bastante gente nova na net que ficamos conhecendo atraves destes. Bom quando publicar o esquema dos brinquedos la no blog te aviso.
http://kriativa.zip.net
Bjos

Izabelle Nossa disse...

Nossa, Raquel, tive uma lembrança ótima ao ver essa foto da menina-flor. Noooossa!
Uma beijoca e um excelente dia!
P.S.: Acabo de te linkar lá no blog, tá?!

Aline Vachelli disse...

Sniff.... eu tive uma menina-flor e ela se perdeu com o tempo...=(
Acho que acabei doando junto com outros brinquedos, depois que cresci.
Também brinquei de pirocoptero...kkkkkkk... Não era assim o nome daquele cabinho de pirulito de voa?
Tenho lembranças muito doces da minha infância! E vejo que também guarda ótimas lembranças, apesar do sentimento de injustiça, com relação aos "direitos iguais" que deveria ter havido.

Sobre o que você me perguntou, o jornal não rasgaria, porque eu colei ele na peça. Por cima eu coloquei contact, mas porque o jornal solta aquela tinta preta que suja nossa mão, sabe?
O contact foi a única alternativa que pensei, justamente por ter a tinta preta, se eu passasse cola ou verniz borraria.

Sei sim, eu também gosto de forrar caixas com papel de presente, principalmente as caixas de sapato =)

Obrigada pela visita! Voltarei mais vezes aqui sim!!

Beijosss

Fernanda, se preferir pode ser FER disse...

Nooooooooossa!!!! Viajei no tempo agora!!!! Brinquei tanto com estas latas, e a menina flor então saudosismo puro. Lembra da fofolete????? ainda morro de saudades dela. Fomos abençoados com a nossa infância. Hoje tento passar um pouquinho do que tive para minha filha de sete anos, apesar dos tempo serem outros acho até que tenho tido sucesso. No aniversário dela deste ano a lembrancinho foi uma sacolinha com brincadeiras antigas coloquei elástico (você brincou de pula elástico) pois é, elas adoraram, tinha também um anel para a brincadeira de passa anel e um lencinho branco ela adoraram.
Bjks,
Fernanda

Lidiane Vasconcelos disse...

Nossa! Fui longe agora. Já soltei tanto pirocóptero nessa vida... kkkkk...

Obrigada pela sessão nostalgia. :)

Raquel Cecília disse...

Pois é meninas, é unânime quando se fala dos brinquedos e brincadeiras da infância: hoje não se vê nada disso.

Concordo com a Rosi, que em grande parte isso acontece por conta da violência sim! Quando eu era adolescente e minhas irmãs menores estavam na idade de brincar nas ruas, nem elas e nem eu podíamos sair de casa por causa dos perigos mesmo. Minha mãe é super coruja, e por isso é controladora e quadrada.

O que podemos fazer é como a Nanda comentou, tentar passar um pouco do que vivemos para as crianças né?

Bjinho e axé!

Anônimo disse...

Ai Quel, quanta lembrança boa eu vivi com esse post..eu tenho muita sorte, onde eu moro é condominio, e as crianças ficam soltas o dia todo, tem um grupinho de 10 q nasceram juntos e brincam juntos desde então, nenhum deles é de ficar em computador, video game..meu marido comprou um play pra Julia e ela mal mete a mão..ela prefere ficar solta, brincando como nós brincavamos..muito bom

angela disse...

Raquel
A riqueza da infância está dentro, na imaginação, na alegria, no despojamento. Pode ter faltado alguns brinquedos mas vejo que sobrou riqueza.
Texto muito gostoso, intimista e delicado.
beijos