Gente, outro dia me caiu a ficha: vou completar 27 anos de idade este ano! Uau! oO
Eu sei, muitos podem dizer "mas e daí, você ainda é nova" mas eu tentarei me explicar... Nasci em maio, ou seja, para mim o tempo parece que corre um pouco mais lento que para os outros, não sei explicar muito bem.
Minha irmã mais velha sempre dizia: "poxa mas a Raquel ainda está com 24 anos? ela também não envelhece nunca!" e ela é só 3 anos e meio mais velha que eu, mas faz aniversário no final do ano.
Apesar daquele velho ditado que "o tempo voa" e eu concordo - quando dou por mim já é natal e ano novo novamente - mesmo assim parece que em relação a minha idade ele voa mansinho, mansinho.
Somente agora é que na minha consciência eu não estou na faixa dos 22 a 26, agora estou entrando na faixa dos 27 a 31, deu para compreender?
Antes eu me sentia assim: "ainda estou na casa dos te (vinte), ainda sou nova" e agora estou sentindo que estou chegando na casa dos ta (trinta, quarenta, cinquenta, etc)... Ops! E agora?
Daí me pego a pensar no passado, tudo o que vivi, e tudo o que gostaria de ter realizado e não realizei. Sei que não é saudável e muito menos produtivo, mas vai conseguir controlar a mente nessas horas!
E sabe qual o primeiro pensamento? Eu queria ser mãe a esta altura da minha vida. Eu sempre quis ter filhos, e sempre imaginei que com essa idade eu já teria pelo menos um filho ou filha, e no entanto cá estou eu: desempregada, dependendo do marido financeiramente, morando de favor num puxadinho nos fundos da casa dos meus sogros (que nem gostam de mim), sem faculdade, sem nenhum tipo de posse, e sem ter onde cair morta (literalmente).
Mas não pense que me deprimo não... Sei lá, por pior que seja eu não consigo me deprimir com isso. Eu posso ficar revoltada por muitas vezes, isso sim é mais o meu tipo. Eu fico com raiva das empresas que não me deram nem uma chance, eu fico com raiva de não ter tido a chance de economizar nem um tostão sequer porque todo o dinheiro que recebi com meu trabalho a minha vida toda foi para pagar as contas e sustentar mãe e irmãs mais novas, porque meu padrasto simplesmente fugiu da responsabilidade de cuidar delas e largou a bomba nas minhas mãos.
Mas apesar de tudo, eu tenho fé. Tenho fé que um dia vou ter um canto, afinal minha mãe foi dona de casa a vida toda (com amor pela ocupação devo dizer) e só conseguiu seu cantinho depois dos 40 anos de idade.
E ao final de refletir sobre todos os pontos acima, eu penso: pelo menos estou completando 27 anos casada (este ano completamos 2 anos de casamento), tenho um companheiro que cuida de mim e me apoia acreditando que um dia vou voltar a trabalhar como eu sempre amei fazer, tenho minha família mãe, irmãs e irmão, pai, sobrinha, todos vivos (nem todos com saúde, mas vivos) e por mais que não seja 100% devido alguns problemas genéticos, eu ainda tenho saúde.
Pois é... Sabe de uma coisa? Acho que estou indo bem, pois vejo tantas pessoas que estão em situação pior. Tantas adolescentes que já são mães e muitas acabam se conformando em trabalhar na limpeza para sustentar seus filhos, elas também não terão faculdade como eu, e quantas delas não são mães solteiras?
Acho que quando chegar a hora, tudo estará acertado... Casamento, emprego, casa, corpo e alma.
Porque no final de tanto refletir, eu chego a uma conclusão: o futuro a Deus pertence, e ele em sua sabedoria tem um propósito para cada um de nós, e Nele eu confio!
Eu sei, muitos podem dizer "mas e daí, você ainda é nova" mas eu tentarei me explicar... Nasci em maio, ou seja, para mim o tempo parece que corre um pouco mais lento que para os outros, não sei explicar muito bem.
Minha irmã mais velha sempre dizia: "poxa mas a Raquel ainda está com 24 anos? ela também não envelhece nunca!" e ela é só 3 anos e meio mais velha que eu, mas faz aniversário no final do ano.
Apesar daquele velho ditado que "o tempo voa" e eu concordo - quando dou por mim já é natal e ano novo novamente - mesmo assim parece que em relação a minha idade ele voa mansinho, mansinho.
Somente agora é que na minha consciência eu não estou na faixa dos 22 a 26, agora estou entrando na faixa dos 27 a 31, deu para compreender?
Antes eu me sentia assim: "ainda estou na casa dos te (vinte), ainda sou nova" e agora estou sentindo que estou chegando na casa dos ta (trinta, quarenta, cinquenta, etc)... Ops! E agora?
Daí me pego a pensar no passado, tudo o que vivi, e tudo o que gostaria de ter realizado e não realizei. Sei que não é saudável e muito menos produtivo, mas vai conseguir controlar a mente nessas horas!
E sabe qual o primeiro pensamento? Eu queria ser mãe a esta altura da minha vida. Eu sempre quis ter filhos, e sempre imaginei que com essa idade eu já teria pelo menos um filho ou filha, e no entanto cá estou eu: desempregada, dependendo do marido financeiramente, morando de favor num puxadinho nos fundos da casa dos meus sogros (que nem gostam de mim), sem faculdade, sem nenhum tipo de posse, e sem ter onde cair morta (literalmente).
Mas não pense que me deprimo não... Sei lá, por pior que seja eu não consigo me deprimir com isso. Eu posso ficar revoltada por muitas vezes, isso sim é mais o meu tipo. Eu fico com raiva das empresas que não me deram nem uma chance, eu fico com raiva de não ter tido a chance de economizar nem um tostão sequer porque todo o dinheiro que recebi com meu trabalho a minha vida toda foi para pagar as contas e sustentar mãe e irmãs mais novas, porque meu padrasto simplesmente fugiu da responsabilidade de cuidar delas e largou a bomba nas minhas mãos.
Mas apesar de tudo, eu tenho fé. Tenho fé que um dia vou ter um canto, afinal minha mãe foi dona de casa a vida toda (com amor pela ocupação devo dizer) e só conseguiu seu cantinho depois dos 40 anos de idade.
E ao final de refletir sobre todos os pontos acima, eu penso: pelo menos estou completando 27 anos casada (este ano completamos 2 anos de casamento), tenho um companheiro que cuida de mim e me apoia acreditando que um dia vou voltar a trabalhar como eu sempre amei fazer, tenho minha família mãe, irmãs e irmão, pai, sobrinha, todos vivos (nem todos com saúde, mas vivos) e por mais que não seja 100% devido alguns problemas genéticos, eu ainda tenho saúde.
Pois é... Sabe de uma coisa? Acho que estou indo bem, pois vejo tantas pessoas que estão em situação pior. Tantas adolescentes que já são mães e muitas acabam se conformando em trabalhar na limpeza para sustentar seus filhos, elas também não terão faculdade como eu, e quantas delas não são mães solteiras?
Acho que quando chegar a hora, tudo estará acertado... Casamento, emprego, casa, corpo e alma.
Porque no final de tanto refletir, eu chego a uma conclusão: o futuro a Deus pertence, e ele em sua sabedoria tem um propósito para cada um de nós, e Nele eu confio!
3 Originalidades compartilhadas por aqui:
Espero que mesmo se anime com a tua reflexão e não deixe de lutar pelo teu amanhã melhor...
Fique com Deus, menina Raquel Cecilia.
Um abraço.
Raquel, gostei do que escreveu, eu queria ter a mesma coragem de expor coisas que estão me tirando o sono, mas não consigo.
Eu também vou fazer 27 anos, me formei, me casei e tive dois filhos, não nesta ordem, mas fiz tudo o que você disse...mas ainda falta algo, sempre vai faltar.
Sinto todo mês a dor do aluguel que vai e não volta...a faculdade não me deu um emprego maravilhoso "ainda" mas não desisti. Os filhos são ótimos, mas tem dias que você sente falta de ser só pra você, de ter aquele tempo só seu...é uma contradição.
Parabéns por se abrir assim, não desanime, tudo vem na hora certa e pra vc tbm virá!
Beijos
Que a minha solidão me sirva de companhia,
que eu tenha coragem de me enfrentar,
que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir, como se
estivesse plena de tudo".
Clarice Lispector
Desejo uma linda semana para você.
Abraços com todo meu carinho
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