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sexta-feira, 31 de julho de 2009

Influenza H1N1

Quando eu disse em outro post, que pensar: "não acontece comigo", é um grande equívoco, não era para menos!

(meu marido, na sala de espera do hospital)

Eu não tenho o hábito de pensar assim, pelo contrário! Mas infelizmente, ás vezes parece que na vida da gente, desgraça pouca é bobagem.

A maldita Influenza, aparentemente chegou aqui em casa, através do meu marido.

Ele tem a falta de hábito de higienizar as mãos com frequência, e adequadamente. Infelizmente, resultado de sua criação, a cultura de onde ele vem é essa.
Eu tenho feito minha parte tentando incutir nele alguns hábitos, que para mim são básicos, mas para ele e de onde ele vem são inexistentes.

Bom, fofocas à parte, ele apresentou ontem o dia todo e durante a noite também, os seguintes sintomas: febre, muita dor no corpo, tosse seca e falta de ar. Como um palhaço que ele é, brinca com tudo, ficava dizendo "peguei o porquinho, to com o porquinho encubado", e eu ficava furiosa pois acredito que as palavras têm poder!

Hoje eu o levei ao hospital, e logo na entrada havia um banner com o seguinte comunicado:

"Se você tem os sintomas:
  • Febre acima de 39º(check)
  • Tosse (check)
  • Falta de ar (check)
Retire sua máscara de proteção na Recepção".

Meu coração já disparou! Como é que não iria? Só de pensar em todos os casos sérios e fatais ao redor do mundo, e o homem que eu amo com todos os sintomas há cerca de 24 horas... Impossível não se assustar!
Mas eu estava lá para cuidar dele, então respirei fundo, não transpareci meu nervosismo e lá fomos nós retirar a máscara.

Eu pergunto para a recepcionista: "eu não preciso usar máscara também (para me proteger e até previnir de espalhar o vírus caso eu já esteja portando ele)?" e a resposta "não, só o paciente".

Eu achei o cúmulo! Eu convivo com ele, troco saliva, durmo ao lado, como é que eles não me dão uma máscara para evitar que, se eu já estiver infectada, espalhe pelo hospital todo? Tinha criancinhas ali ao lado, eu pensei que se fossem meus filhos, eu ia fazer um escândalo se fosse preciso, para que eles dessem máscaras para eles.

Mas, eu não me manifestei, meu marido estava péssimo e eu tinha que me concentrar nele.

Passamos pela triagem onde mediram a febre e a pressão arterial. Temperatura 37,5º o medicamento ministrado pela manhã, já estava perdendo o efeito. Depois foi a consulta com o médico, e a grande surpresa (pelo menos para mim): "não existe meio de saber se o vírus que o senhor tem é H1n1, pois, este vírus mutou de tal forma que não é mais possível detecta-lo em exames de sangue como vinha sendo feito."

Eu não acreditei! E agora? O que acontece?

Quarentena de 7 dias para o meu marido, usando máscara de proteção 24horas, tomando anti-gripal e analgésico.
Recomendação do médico: "se melhorar, significa que não é o H1N1. Se piorar, provavelmente é o vírus H1N1 e o senhor deve retornar para o hospital o mais rápido possível."

Fico imaginando, me torturando de imaginar, o que passou na cabeça das mães e pais que perderam seus filhos para esta doença...

O que se passava na cabeça, das pessoas infectadas que sofreram tanto com ela...

E fico imaginando: será que dessa vez, realmente vai acontecer conosco, e não só com os outros?

Só Deus é quem sabe, e nada me resta se não "nele confiar".

Cuidem-se... Cuidem dos seus... E que Deus os livrem e guardem desta má hora... Que assim seja!

Até a próxima.

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